sábado, 30 de abril de 2022

Reflexão Final de um Docente em Formação.

 


Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu “destino” não é um dado, mas algo que precisa ser feito e cuja responsabilidade não posso me eximir.

- Paulo Freire 

A participação de um licenciando em um programa de iniciação à docência, como o Pibid é algo inesquecível e ao mesmo tempo desafiador, principalmente pelo fato que o projeto iniciou de forma remota e continuo nessa modalidade, em virtude da pandemia de Covid-19. No entanto, com todas as inquietações que preocupavam todos os participantes do projeto, iniciamos as ações de forma muito positiva e confiante que colheríamos bons frutos.

 Diante disso, chego à finalização do Pibid ciclo 2020-2022, com a conclusão que o programa só acrescentou em minha formação docente, a priori pelo fato que saímos do campo teórico para adentrar a realidade das salas de aulas, embora que de forma virtual. Começando a compreender como se dá a relação de professor e aluno, analisando que o processo de ensino e aprendizagem são etapas que sofrem interferências e se modificam a cada encontro. Foi perceptível ao longo do projeto que não existe um modelo pronto de aprendizagem, mas é algo processual e construtivo a partir das relações entre docente e discentes.

Durante os dezoito meses de projeto, o nosso subgrupo se dedicou em trabalhar com a perspectiva dos Letramentos (digital, crítico e literário) e Pedagogia dos Multiletramentos com três turmas do nono ano do ensino fundamental. O pedagógico da escola propõe que seja trabalhado os conteúdos da BNCC com base nas competências e habilidades sugeridas pelo documento, a parte dessa informação realizamos a ligação com a proposta do subprojeto de Língua Portuguesa.

Entre as atividades realizadas destaco, o trabalho com os Multiletramentos, nele foi realizado leituras, produção de tipos e gênero textuais multimodais, no qual se dedicamos a trabalhar com domínio jornalístico-midiático, com o intuito da criação de um jornal digital a partir da criação dos discentes. No decorrer do desenvolvimento das atividades enfrentamos alguns desafios, entre eles, quais estratégias utilizar para atrair os alunos/as a participar mais das aulas pois no início dos trabalhos os discentes eram muitos quietos, mas aos poucos conseguimos mais interação com eles/as.

Além dessas atividades, saliento outras propostas pedagógicas que foram de grande relevância para minha formação, entre elas o Projeto Me Lendo, Projeto Literatura+, Jornal Digital e o Projeto “Conte outra vez”. Tais projetos somaram aprendizados muito pertinentes, visto que compreendemos o trabalho com a língua portuguesa numa dimensão plural e dinâmica, pois vimos que é possível ter uma relação dialógica e afetiva entre docente e discentes. Outro ponto a ser ressaltado são as formações teóricas que participamos ao longo do programa, elas foram momentos de muitas discussões teóricas-metodológicas que permearam nossas atuações, a qual pesquisadores como Antunes (2003), Pereira (2021), Rojo (2012), Kleiaman (2013) e Soares (2010) contribuíram com seus pensamentos sobre o ensino de língua portuguesa para o planejamento e execução do plano de ações.

Dessa forma, é nítido que o Pibid acrescentou inúmeros aprendizados e experiência para minha futura atuação docente, principalmente pelo fato que estive imerso no ambiente escolar visualizando os desafios e benefícios da docência. As contribuições desse programa são diversas, mas ressalto as aprendizagens referentes a prática docente de língua portuguesa, a qual evidenciou que não existe uma formula perfeita de atuação docente, mas sim uma prática de sala de aula pautada no respeito e diálogo. Por fim, expresso minha gratidão a este programa que ratificou minha escolha pela profissão docente, como também corroboro para sua efetiva permanência na política de formação de professores da educação básica. 

A palavra de ordem é GRATIDÃO!


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